segunda-feira, 9 de maio de 2011

CRÍTICA: Thor



Thor
EUA , 2011 - 114 min.
Aventura / Épico
Direção:
Kenneth Branagh
Roteiro:
J. Michael Straczynski, Mark Protosevich
Elenco:
Natalie Portman, Chris Hemsworth, Anthony Hopkins, Ray Stevenson, Kat Dennings, Stellan Skarsgård, Idris Elba, Tom Hiddleston, Rene Russo, Jaimie Alexander, Colm Feore , Clark Gregg, Tadanobu Asano, Jeremy Renner


O Poderoso Thor, o Deus do Trovão, é um herói da Marvel Comics inspirado na divindade de mesmo nome da mitologia nórdica. O personagem foi criado por Stan Lee, Larry Lieber e Jack Kirby em 1962.
Prestes a ser coroado Rei de Asgard e suceder seu pai Odin (Anthony Hopkins), o arrogante Thor (Chris Hemsworth) é expulso de seu lar e enviado à Terra por ter reiniciado uma antiga guerra. Obrigado a conviver com mortais, ele deverá aprender a ser um verdadeiro herói para combater as forças do mal que ameaçam a sobrevivência de seu mundo.

Thor, a mais nova produção cinematográfica da Marvel, é uma obra pertinente ao que é almejado pelos seus produtores, entreter. O filme é vazio, de fácil entendimento e serve de escada para uma produção futura: The Avengers.

O roteiro escrito por Ashley Miller,Don Payne,Mark Protosevich,Zack Stentz é previsível e morno. Não oferece nenhum obstáculo descente ao protagonista e deixa muito a desejar em um dos cenários: a Terra, a cidadezinha no Novo México é a mais desinteressante de todas.

A fotografia de Haris Zambarloukos é razoável, explora de maneira simples e eficiente as cores de Asgard, O Mundo de Gelo e a Terra. Patrick Doyle não repete sua eventual competência na trilha sonora de Thor que soa burocrática. Kenneth Branagh tem uma direção com altos e baixos: o reino de Odin é interessante, a história fluiu e as cenas de ação são impecáveis. O arco dramático entre Thor, Odin,Loki e a batalha com os gigantes de gelo são empolgantes. Entretanto quando Branagh foca na Terra o filme torna-se desinteressante, o romance entre o protagonista e a cientista Jane (vivida por Portman) não cola. Outro ponto discutível foi a opção do diretor de filmar quase tudo no ângulo holandês. Este investimento aos quadros inclinados é descabido e não acrescenta nada a obra. A montagem é eficaz e mantém (de uma maneira geral) a história com fluidez, principalmente nas cenas de ação.

Chris Hemsworth convence na pele de Thor, mostrando carisma e desenvoltura tanto nas cenas de ação como nos momentos de leve comicidade. O trio Natalie Portman (Jane Foster), Stellan Skarsgård (Dr. Selvig) e Kat Dennings (Darcy) servem como a âncora de Thor na Terra, e nada mais que isso. Tom Hiddleston se sai bem até colocar toda sua construção do personagem Loki por água abaixo no final. Anthony Hopkins e e Rene Russo trabalham no automático.

Thor foi um filme feito para não desagradar os fãs do Deus Asgardiano e como um prelúdio para as aventuras de The Avengers. O filme é Tecnicamente competente, tem boas cenas de ação, personagens razoavelmente interessantes ( principalmente o protagonista vivido por Hemsworth) e entre planos holandeses, romance sem sal e batalhas dantescas, a obra no fim diverte e vale apena dar um olhada.

Nota: 6

Anderson S. N.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Crítica: O desinformante

Anderson S. N. 06/11/2009

No Japão, executivos compram calcinhas usadas que são vendidas na rua. Isso é certo? Esta indagação é perfeita para definir os paradoxos de certo e errado que permeiam o filme.
Steven Soderbergh esta mais light neste projeto, comercial (é verdade) porem com a mesma maestria de conduzir a história de forma a prender o espectador.
O filme gira em torno das histórias de Mark Whitacre (Matt Damon), químico e alto executivo da empresa ADM. A empresa vive um problema com um vírus que vem atacando a lisina produzida pela fábrica e causando prejuízos de 7 milhões de dólares por mês. Whitacre recebe um telefonema de um executivo japonês que diz que a empresa esta sendo sabotada e ele sabe quem é o sabotador e que tem uma vacina para livrar a lisina deste tal vírus. Entretanto ele pede 10 milhões em troca de ajudar a ADM. Este telefonema, da o ponta pé inicial para o desenvolvimento da história do filme. Em pouco tempo o FBI esta envolvido e os cordeiros viram lobos.
O tom amarelado da fotografia, a trilha sonora cheia de ruídos e um Matt Damon caricaturado, tornam o filme divertido. Mas não se enganem, pois trata-se de uma comédia sim, mas de humor inteligente e ácido, aqui o pastelão não tem vez.
Soderbergh, mais uma vez, não se preocupou com a bilheteria ou um possível sucesso do filme, pois continua autoral até a alma e nos mostrando (que pra ele) o sucesso é apenas um capricho conseqüente. Marca registrada do diretor norte americano.
Talvez um pouco menos de tempo de projeção, tornaria a película mais interessante. Mas “O desinformante” agrada a quem gosta de um bom diálogo e de reviravoltas sutis, filme divertido, inteligente e muito, mas muito mentiroso.